terça-feira, 20 de julho de 2010

Ilhéu Raso


 Tipo de vegetação do Ilhéu Raso. Com algumas montanhas, este ilhéu tem também as suas elevações!



Um dos locais para tomar banho, lavar roupa e simplesmente refrescar nas tardes de calor...


Aspecto do Ihéu Raso perto de uma colónia de alcatrazes

 Colónia de alcatrazes: a ave branca é uma cria

Alcatraz adulto


Carapaça de caranguejo: em noites escuras, aproveitam para sair da carapaça velha, que vai ficando pequena à medida que crescem. 


A ajudar a Nídia no seu estudo das osgas do Ilhéu Raso


Sinagoga: a traineira que nos transportou



Zé Melo: o nosso capitão Iglo! 



 Zé e Nuno a tentarem apanhar perceves...

 Eu a apanhá-los no prato!


Tugay: pescador, cozinheiro, skipper, filósofo!


Miguel: o biólogo, com o seu instrumento de endoscopia para espreitar nos ninhos escondidos nas rochas

 Pescarias do Nuno, Dario, Pescocinho e Roni

O acampamento: 1 tenda para cozinha e outra para dormir (para quem quisesse e gostasse de pó)

 Pardal a beber água doce

Acção de limpeza de uma praia virada a norte: as correntes marítimas trazem centenas de garrafas de água. As aves continuam a fazer os ninhos por ali, não distinguindo lixo de rocha... 
 
 João Preto, alma negra ou bulweria

Marcação de ninhos de cagarra



Ilhéu Branco visto do Raso, em final de tarde com neblina


Sentada, de frente para o mar, aninhada no meio da vegetação e das rochas, tenho um casal de pardais por companhia. Distraem-me da escrita, de atrevidos que são! Esvoaçam e pousam em cima de mim, perto de mim, como pequenos ladrões à espreita da oportunidade para sacarem algo comestível. Azar o deles, que os meus bolsos só trazem ar, pó e sol. 

A Natureza aqui vence a aridez e dureza de uma forma que me surpreende. Ontem e hoje vi  tartarugas a nadar, mesmo ao largo do Ilhéu. Ambas eram enormes, sinal que já devem ter bastantes anos. Tive também o privilégio de ver duas raias enquanto mergulhava junto ao sítio onde nadamos todas as tardes. 

A calhandra, ave tão rara que em anos maus chega a um número reduzido de 40 indivíduos, também já deu um ar da sua graça. Depois há a cagarras, tão quietas nos seus ninhos, como se o mundo lá fora não existisse - à noite fazem sons inconfundíveis: a fêmea um som mais rouco e o macho um som agudo, parece que canta. 

Também já vi alcatrazes, tanto adultos como crias, rabos-de-junco e pedreirinhos. osgas gigantes e peixes armados em pássaros! 

As poças deixadas pela calema são o habitat perfeito para seres vivos como caranguejos, peixinhos, lapas, búzios, moreia-cadela e por vezes, polvo. Aprendi com o Zé a apanhar polvo nas poças, utilizando caranguejo como isco. O meu próximo desafio será aprender a pescar! Não é preciso muito... tenho a sensação que basta enfiar a cana na água, que os peixes mordem logo!!
A estadia no Ilhéu Raso foi marcada por alguns momentos: pintar numeração nos ninhos das cagarras, ajudar o Edir a apanhar cagarras para as estudar, ajudar a Nídia com as osgas, mergulhos sem fim, passeios, pó, pó, pó e calor.... 

No final, apesar de não termos conseguido trabalhar tanto como o previsto, o Ilhéu Raso ensinou bastante...






















2 comentários:

  1. nem sei que te diga...adorei o post! :) Fiquei impressionada com a pescaria, com as centenas de garrafas, com o Tugay, com os perceves gigantes, com a aridez do Ilheu... Que bela história para mais tarde recordar!

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  2. Sim...

    Em suma, é difícil acrescentar mais que um sorriso ameno e cúmplice às tuas aventuras!

    Mantém o coração aberto e desfruta de tudo, a cada momento!

    Um abraço muito forte!

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